O nomadismo digital tornou-se uma tendência global nos últimos anos, com pessoas a viajar e a trabalhar a partir de países com locais idílicos tais como: Indonésia, Tailândia, Colômbia ou cidades europeias, como por exemplo: Lisboa, Budapeste e Barcelona. Hoje em dia, com o aumento do número de trabalhadores remotos, esta tendência vai espalhar-se mais rápido do que nunca, mas o que precisas de saber para te tornares num nómada digital?
Antes de mais, dinheiro!
A primeira coisa que precisas de fazer para te tornares um nómada digital é garantir que tens uma fonte de rendimento. Sem dinheiro, não há diversão. Existem 3 formas de ganhares dinheiro online enquanto nómada digital: tornar-te freelancer, trabalhar remotamente para uma empresa e criar e gerir um negócio online.
- Freelancing é visto como um dos métodos mais fáceis para começar a trabalhar remotamente. Tudo o que vais precisar é de ter uma competência que o mercado precise (Marketing Digital, Design, Programação) e vender essa competência como um serviço. Podes começar com plataformas como a Upwork e a Fiverr e aumentar a tua carteira de clientes com tempo fora dessas plataformas.
- Trabalhar remotamente para uma empresa é mais complicado devido à concorrência, mas tendo em conta que cada vez mais empresas se adaptam ao trabalho remoto, este será o novo normal. A Gitlab, a Buffer e a Doist há já algum tempo que contratam remotamente e cada vez mais empresas, como recentemente o Twitter e a Quora, vão começar a contratar trabalhadores remotos.
- Criar um negócio online é a mais complicada das três, tendo em conta que a maioria dos negócios não têm um retorno imediato e precisam de tempo para crescer. Contudo, é cada vez mais evidente que os empreendedores se estão a adaptar ao mundo online recorrendo ao e-commerce, Dropshipping, agências e educação online e muitos outros modelos de negócio. O início é desafiador, mas o retorno a longo-prazo pode ser significativamente mais alto do que apenas trocar o teu tempo por dinheiro.
Agora que já asseguraste o teu rendimento, o que se segue?
É muito importante que comeces por perceber o que procuras em cada lugar que visitas e a que velocidade pretendes viajar.
A maioria dos nómadas digitais procuram uma comunidade de pessoas que pensem de forma semelhante à sua, locais bonitos para visitar, cultura local e modos de vida diferentes, espaços de coworking, actividades ao ar-livre e um padrão de nível de vida económico. por isso, questiona-te sempre sobre aquilo que tencionas encontrar antes de começares a selecionar o teu próximo destino.
Aconselho-te vivamente a estares pelo menos um mês em cada destino. Viajar com calma é uma arte, e os nómadas digitais adoram viver como um local nos lugares que visitam, em vez de serem apenas turistas. Além disso, tudo tende a ser mais barato quando contratado por pacotes mensais, desde o alojamento aos espaços de cowork, mensalidades são a fórmula mais vantajosa em qualquer lugar do mundo. E claro, quanto mais tempo ficares, mais barato se torna.
Onde ir?
Se procuras uma comunidade de nómadas digitais e lugares que preenchem todos os requisitos que mencionei anteriormente, os melhores locais no mundo são Bali, Chiang Mai, Lisbon, Budapest, Playa del Carmen e Medellín. Há muitas outras opções, mas todas estas se tornaram grandes hubs de nómadas digitais do mundo inteiro, e muito facilmente encontrarás toda a informação de que precisas para viajar, viver, trabalhar e conectar-te com outros, à distância de um clique.
Um website que deverás sempre consultar antes de escolheres o próximo destino é o Nomadlist. Aqui podes encontrar preços, recomendações e informações úteis sobre uma variedade enorme de diferentes locais no mundo.
Com todas estas ferramentas, agora é tempo de te preparares e começares a abraçar a jornada do nómada digital. Conecta-te com pessoas semelhantes a ti nos lugares mais incríveis do mundo e aproveita esta nova forma de viveres o teu dia-a-dia.
Se Lisboa está na tua lista, dá uma olhadela ao Piece of Work. É um espaço de coworking em Campolide, um bairro típico no centro da cidade e onde se respira comunidade.
(artigo escrito em colaboração com Gonçalo Hall, fundador do Remote Work Movement)